Consiste na elevação/reposicionamento dos supercílios, podendo ser realizada por diversas técnicas que diferem nas vias de acesso (através das pálpebras, couro cabeludo, com auxílio de vídeo-endoscopia) e objetivos.
O QUE A CIRURGIA NÃO VAI FAZER?
Não existe cirurgia sem cicatriz(es). O que existe é a cirurgia bem planejada, com cicatriz(es) final(is) bem posicionada(s), camuflada(s) quando possível em relevos naturais da pele, atingindo resultados pouco perceptíveis.
A cirurgia não anulará os efeitos da gravidade ou o processo de envelhecimento natural ao longo dos anos que levam à frouxidão e consequente flacidez dos tecidos.
Após a devida avaliação por Cirurgião Plástico qualificado, as melhores opções serão discutidas com você e podem ir de tratamentos não-cirúrgicos (como toxina botulínica, por exemplo) até a cirurgia propriamente dita.
Nos casos de tratamento cirúrgico há diversas possibilidades de planejamento, cada uma com suas características, que deverão ser bem esclarecidas no pré operatório.
QUANDO OPERAR
A programação da cirurgia dependendo do grau de ptose (queda) dos supercílios, não existindo faixa etária padrão para a indicação do procedimento.
A cicatrização é um processo complexo e cheio de peculiaridades dependentes da natureza de cada um. Apesar de todos os cuidados competentes ao cirurgião, algumas vezes os resultados finais obtidos ficam abaixo do esperado. Converse com seu cirurgião e esclareça dúvidas, evitando frustrações e buscando possíveis alternativas para os resultados insatisfatórios.
ETAPAS DO PROCEDIMENTO
Anestesia:
Poderá ser local, regional, com ou sem sedação e até mesmo geral, na dependência do procedimento proposto e do risco cirúrgico do paciente. Cirurgião, anestesista e paciente deverão conversar e definir a opção mais confortável e segura para todos.
Cirurgia:
O planejamento do ato cirúrgico varia na dependência da técnica pretendida. O tratamento da região frontal e supercílios pode ser realizado por incisões que fiquem escondidas no couro cabeludo (com ou sem o auxílio de vídeo-endoscopia), ou rentes à linha de implantação dos cabelos, ou camufladas em sulcos (rugas) já existentes na região frontal, ou utilizando o acesso palpebral superior, rentes ao supercílio.
O tratamento completo poderá incluir ressecções/reposicionamentos musculares e cutâneos, fixações com fios (absorvíveis ou inabsorvíveis), parafusos cirúrgicos e/ou outros dispositivos. Diferentes tipos de trações teciduais podem ser realizadas com o intuito de suavizar rugas frontais/glabelares ou reposicionar supercílios.
O fechamento das incisões pode ser realizado com fios (absorvíveis ou inabsorvíveis), grampos e complementado com cola ou fitas cirúrgicas. Drenos poderão ser ou não utilizados.
Recuperação pós-anestésica:
Após o ato operatório o paciente continuará sob efeito de algumas das medicações realizadas durante a cirurgia, sendo o tempo de recuperação variável dependendo do tipo de anestesia. São feitos analgésicos que, se preciso, continuarão sendo utilizados pelo paciente em caráter domiciliar para maior conforto e controle da dor.
O tempo de internação varia na dependência da cirurgia realizada. No momento da liberação o paciente deverá receber todas as devidas prescrições e orientações com relação aos cuidados domiciliares e data prevista de retorno para reavaliação.
Recuperação pós-operatória
Após a cirurgia, o local operado ficará sensível, dolorido, avermelhado. Poderá ocorrer eliminação de pequeno volume de líquido pela ferida ou formação de crostas (“casquinhas”), sensação de “repuxar”, dormência e algum inchaço.
Siga as orientações do seu cirurgião: evite atividades físicas que forcem o local operado, realize as trocas de curativo conforme as recomendações, faça uso das medicações prescritas corretamente, proteja a cicatriz do sol por tempo determinado, etc.
Um resultado final de boa qualidade é resultado de adequada técnica cirúrgica + fatores orgânicos próprios de cada paciente + devido manejo pós-operatório.
RESULTADOS
A longo prazo…
Toda cirurgia acarreta cicatriz(es). Dentro do possível, respeitando as características e necessidades do tratamento, as cicatrizes são planejadas de maneira a ficarem em posições que diminuam a tensão sobre seus bordos, facilitando a cicatrização e/ou camufladas em relevos existentes na pele.
A cicatrização é um processo complexo e cheio de peculiaridades dependentes da natureza de cada um. Alterações mais (fase inicial) ou menos (mais tardiamente) aparentes continuam a ocorrer mesmo após meses da realização do procedimento. Uma cicatriz final de boa qualidade é resultado de adequada técnica cirúrgica, fatores orgânicos próprios de cada paciente e manejo pós-operatório.
A retirada de pontos/ grampos de pele será completada por volta de 10-14 dias da operação. Geralmente após essa fase inicial o paciente encontra-se em condições de retornar às suas atividades diárias de rotina, com pequenas restrições.
Hábitos saudáveis e uso regular de filtro solar são fundamentais para a preservação dos resultados e manutenção de uma aparência mais jovem.
O inchaço poderá demorar várias semanas para desaparecer por completo, bem como algumas equimoses (manchas roxas). Nesse período, produtos cosméticos/ protetor solar poderão ser utilizados mascarando feridas e protegendo áreas ainda sensíveis à radiação UV.
Lembre-se que sua saúde está em jogo. O resultado do procedimento, bom ou ruim, lhe acompanhará pelo resto da vida. Procure um cirurgião devidamente qualificado e exija que sua cirurgia seja realizada em acomodações seguras. No final das contas o barato pode sair caro.